MANAUS – A preocupação com a qualidade da água consumida por manauaras aumenta com o período de cheias, enchentes e chuvas intensas. Em maio deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) disponibilizou 20 mil frascos de hipoclorito de sódio de 2,5%, com 50ml cada. O objetivo era evitar doenças ocasionadas por águas contaminadas. Para o cuidado da população, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) criou o Água Box, um sistema de desinfecção de água alimentado por energia solar.
Testado na prática em várias comunidades da região amazônica, o aparelho protege a população contra bactérias e outros micro-organismos perigosos. O equipamento desinfeta a água por meio de radiação ultravioleta tipo C.
Desenvolvido pelo pesquisador, Roland Ernest Vetter, o produto é capaz de tornar potável as águas sujas de rios e lagos, retirando particulados e germes. O equipamento é compacto e agrupa todos os materiais em uma única caixa, pesando apenas 13 Kg. O tamanho facilita o transporte para locais remotos. Alimentado por energia solar, o aparelho purifica 400 litros de água por hora. A vida útil da lâmpada ultravioleta é estimada em 10 mil horas.
O protótipo da tecnologia foi testado dentro das instalações do Inpa e, desde 2008, está instalado em cinco comunidades indígenas próximas ao rio Juruá, no Amazonas. “Desenvolvemos esse equipamento e vimos, durante a pesquisa, que ele é de suma importância, principalmente para o interior do Estado”, ressaltou Roland Vetter.
A tecnologia é licenciada para a empresa Hightech Componentes da Amazônia, que tem até dois anos para colocar o produto no mercado.